sábado, 15 de janeiro de 2011

Afinal, o que é e como se exerce CIDADANIA?

O conceito de cidadania, teve origem na Grécia clássica, sendo usado para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na cidade e ali participava activamente nos negócios e das decisões políticas. Cidadania pressupunha, todas as implicações decorrentes de uma vida em sociedade.

Ser um cidadão, implica ter certos direitos e responsabilidades, mas estes variam imenso de país para país. Por exemplo, os cidadãos de uma democracia liberal têm direitos políticos e liberdades religiosas, ao passo que numa monarquia, numa ditadura militar ou numa teocracia religiosa podem não ter nenhum desses direitos.

Em contextos filosóficos, cidadania refere-se a um ideal normativo substancial de pertença e participação numa comunidade política. Ser cidadão, neste sentido, é ser reconhecido como membro pleno e igual da sociedade, com o direito de participar no processo político. Como tal, trata-se de um ideal distintamente democrático. As pessoas que são governadas por monarquias ou ditaduras militares, são súbditos e não cidadãos.

As teorias da cidadania são importantes porque as instituições democráticas desmoronar-se-ão se os cidadãos carecerem de certas virtudes, tais como um espírito cívico e boa-vontade mútua. De facto, muitas democracias sofrem com e de apatia por parte dos eleitores, de intolerância racial e religiosa, de fuga significativa aos impostos ou às políticas ambientais que dependem da cooperação voluntária.

A saúde de uma democracia, depende das qualidades dos seus cidadãos: por exemplo, das suas lealdades e de como eles encaram identidades nacionais, étnicas ou religiosas potencialmente rivais; da sua capacidade para trabalhar com pessoas muito diferentes de si mesmos; do seu desejo de participação na vida pública; da sua boa-vontade para serem moderados nas suas exigências económicas e nas suas escolhas pessoais que afectem a sua saúde e o meio ambiente.

A afirmação de que a sociedade civil é a fonte da virtude cívica é discutível. A família, ensina a civilidade e a moderação, mas também pode ser "uma escola de despotismo" que ensina o domínio masculino sobre as mulheres; as igrejas, ensinam muitas vezes o respeito perante a autoridade e a intolerância relativamente a outras fés; os grupos étnicos, ensinam muitas vezes preconceitos contra outras raças, etc…

Os defensores da teoria da sociedade civil, centram as suas atenções no modo como aprendemos a ser cidadãos responsáveis; Os defensores da teoria da virtude liberal, sublinham a importância da capacidade dos cidadãos para o discurso público e sugerem muitas vezes, que é nas escolas, que se deve ensinar as crianças a distanciar-se das suas próprias tradições culturais, quando se entregam ao discurso público e a ter em consideração pontos de vista diferentes. De acordo com os pluralistas culturais, a cidadania tem de reflectir a identidade sócio-cultural distinta destes grupos — a sua "diferença".

Cidadania não é apenas um estatuto, definido por um conjunto de direitos e responsabilidades. É também uma identidade, uma expressão da nossa pertença a uma comunidade política. Além disso, é uma identidade partilhada, comum a diversos grupos na sociedade.
No próximo Domingo, não se esqueça de exercer um direito cívico, PARTICIPE.

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